Questões ambientais e sociais deixaram de ser marginais ao negócio e passaram a ser essenciais e até estratégicas. O conceito de sustentabilidade transcendeu a questão ambiental alcançando a social e educacional.

Responsabilidades na utilização dos recursos naturais, no consumo e no trato com a sociedade fazem parte de uma administração moderna e responsável.

A sustentabilidade na “limpeza” tem sido foco de discussões que envolvem questões não apenas ambientais, mas que também visam o crescente lucro, ou condições favoráveis às empresas limpadoras.

Diz-se que a empresa do futuro deverá estar apoiada num tripé para desenvolver-se: qualidade operacional, responsabilidade social, cuidado com o meio ambiente, e a saúde e segurança do trabalhador. Acrescentaríamos um quarto elemento que é o desenvolvimento da capacidade de colaboração entre os que estão envolvidos na empresa e entre as empresas.

Uma das perguntas centrais das discussões em torno do desenvolvimento sustentável  é sempre: como é possível torná-las ecologicamente éticas e ao mesmo tempo produtivas (que gerem lucros rápidos)? A forma mais utilizada para tornar a organização sustentável é, sem dúvida a adoção de projetos sustentáveis com vistas à geração de resíduos renováveis, com controles reais sobre todos os aspectos da reciclagem, dentre outros tantos conceitos a serem explorados.

Também, com medidas de ordem sociais e ambientais que possam ser vantajosas, como as atitudes que permitam uma geração de emprego sustentável nas comunidades próximas aos locais de prestação dos serviços em questão. Outro exemplo é a reeducação dos funcionários e o treinamento destes para tornar a produção dos serviços ecologicamente mais limpa, ética e coerente com o meio ambiente.

Infelizmente, devemos reconhecer que a sustentabilidade nos serviços de limpeza  ainda não é um tema central em muitas empresas, que  associam esta ideia a um aumento nos custos de operação e nos preços de venda, o que provocaria um risco aos seus serviços e a manutenção no mercado.

No entanto, aos poucos essa visão vai sendo revertida pela conscientização cada vez maior dos consumidores de serviços de limpeza e a real pressão que estes grupos vêm fazendo sobre as empresas limpadoras.

Temos percebido a elevação do nível de cobrança dos clientes sobre as organizações “birrentas” em não se adequarem, portanto, ou elas mudam a forma de agir e controlam seus procedimentos operacionais, agindo de forma mais sustentável, ou perderão o mercado.

Quando as empresas limpadoras já são sustentáveis, tem-se o cuidado de manter tais medidas e de sempre utilizar uma reserva de investimentos para aplicação em novas técnicas sustentáveis em suas operações.

A reciclagem, o aproveitamento de todos os materiais, a utilização hídrica racional, a escolha de “produtos verdes”, equipamentos com baixo consumo energético, elaboração dos cronogramas de forma racional, e a confecção dos manuais técnicos operacionais, também representam um interesse comum da sustentabilidade na “limpeza”.

A adoção deste processo, além de ser uma medida ética,  produtiva e progressista, também ganha um espaço cada vez maior em questão de aceitabilidade dos consumidores, pois atualmente a sustentabilidade é vista como atitude responsável!

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Autor deste artigo: Osmar Viviani